| 
                   MARIA  EMILIA CORNEJO 
                    
                  (1949 – 1972) 
                    
                  María Emilia  Cornejo nasceu em Lima (Peru) em 1949 e  suicidou-se em 1972, aos 23 anos. Considerada, em seu país, como a inauguradora  da poesia erótica feita por mulheres. Os poemas a seguir são do seu único  livro: En la mitad del camino  recorrido, livro póstumo, lançado 16 anos após o seu suicídio.  Neste livro, dividido em 5 partes, é possível ver um trabalho marcado por  apresentar a condição da mulher e as contradições existentes entre o desejo  sexual e o amor, a relação entre homem e mulher e, principalmente, a relação  entre o objeto de desejo e aquele/a que deseja. 
                  Biografia e foto: 
                  https://pontesoutras.wordpress.com/ 
                    
                    
                  TEXTO  EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    
                    
                  DIENTE DE LEÓN – cipselas de difusión poética.  Director: Óscar Limache. Editor: Alfredo Ruiz  Chinchay.  Lima, Perú, Número 18, agosto  de 2013.  
                    
                    
                    
                  Soy la muchacha mala de la historia  
                    
                  Soy 
                    la muchacha mala de la historia 
                    la que fornicó con tres hombres 
                    y le sacó cuernos a su marido, 
   
                    soy la mujer 
                    que lo engano cotidianamente 
                    por un miserable plato de lentejas, 
                    la que le quitó lentamente su ropaje de bondad 
                    hasta convertirlo en una piedra 
                    negra y estéril 
                    soy la mujer que lo castró 
                    con infinitos gestos de ternura 
                    y gemidos falsos en la cama. 
   
                    soy la muchacha mala de la historia 
                    
                    
                  En:  Antología  de la poesía perunas. Tomo II (1960-1973) 
                    Prólogo, selección y notas de Alberto Escobar. 
                    Lima: Ediciones Peisa, 1973, p. 178 
                    
                    
                    
                    
                    
                  TEXTO  EM PORTUGUÊS 
                  Tradução de ANTONIO  MIRANDA 
                    
                    
                  Sou a garota má da história  
                    
                  Sou  
                    a garota má da história 
                    a que fornicou com três homens 
                    e botou cornos em seu marido, 
   
                    sou a mulher 
                    que o engana quotidianamente 
                    por um miserável prato de lentilhas, 
                    a que lhe despiu lentamente sua roupagem de bondade 
                    até convertê-lo numa pedra 
                    negra e estéril 
                    sou a mulher que o castrou 
                    com infinitos gestos de ternura 
                    e gemidos falsos na cama. 
   
                    sou a garota má da história 
                    
                    
                  * 
                    
                  VEA y LEA otros poetas de  en este Portal: 
                    
                    
                    
                  Página publicada em abril de 2021 
                
  |